quinta-feira, 20 de novembro de 2014

"E a gente cresceu e a gente esqueceu": escrevendo a partir da leitura do conto "A bruxa e o vendedor de doces, de Jane Tutikian - Turma C22 de 2014

     

    A turma C22 leu o conto "A bruxa e o vendedor de doces" que faz parte do livro "A rua dos secretos amores", da escritora Jane Tutikian. Após lerem, conversarem e se emocionarem com o conto eles escreveram sobre alguma situação que viveram na infância e que um dia cresceram e esqueceram.




Eu lembro

Eu me lembro do meu primeiro dia das crianças. Eu ganhei uma sereia com o cabelo branco, a cauda era bege e o biquíni era roxo. Eu adorava ela e mesmo tendo muitos brinquedos eu gostava dela.                                                        
Eu também me lembro do dia que minha mãe disse: "Me dê o seu bico para eu jogar fora, daí eu te darei uma bicicleta azul como você queria". Eu adorava colocar vestidos e enfeites no cabelo, eu me achava uma linda princesa e gostava de abraçar e dormir com meu ursinho, o Pepe.               
Agora eu sei o que os adultos sentem quando dizem que queriam ser criança de novo. A infância é a melhor coisa para todos. Por enquanto eu sou adolescente e imagino que quando eu for adulta vou ser mais responsável por mim mesma. Isso sim eu lembro: de ser uma menina braba, mas feliz.

Autora: Alessandra da Silva Mendes - Turma C22                                                                                                                               
O PACTO

            Uma coisa que eu nunca vou esquecer foi uma vez que eu e minhas colegas, a Isa e a Maira, fizemos um pacto de amizade.
            Nós atiramos uma pedra pequena e roxa que eu tinha comprado no Guaíba e juramos que íamos ser melhores amigas para sempre. E funcionou porque até hoje somos amigas, temos uma linda amizade sem fofoca e algumas brigas.
            Mas se um dia nós nos separarmos e cada uma de nós ir para um lado, eu sempre vou levar elas no meu coração.

            Autora: Emily Avila – Turma C22

Sem título

Quando eu era menor eu saía todos os dias para rua para brincar de pega-pega e esconde-esconde com os meus amigos. Um dia eu parei de sair para brincar na rua e comecei a brincar em casa. Todos os amigos que brincavam comigo se mudaram, só ficou eu na mesma rua, perdi contato, nunca mais vi eles desde então. E depois disso minha irmãzinha nasceu e então passei a brincar com ela.
            Eu gostava muito de brincar com eles, eu me divertia, corria bastante, caía bastante. Minha infância foi muito legal, eu fazia de tudo, mas aí eu cresci e tudo ficou diferente.

            Autora: Gabriela Andrade - Turma C22

Dias de verão

            Dias de verão, quando os dias são mais longos e eu adorava brincar na frente de casa com os meus amigos. Nós gostávamos de brincar de taco, pega-pega, esconde-esconde, futebol, vôlei, entre outras brincadeiras que na hora surgiam. Era a mais pura diversão.
            Meus melhores amigos eram o Willian, a Nathalia, a Nicole, o Álvaro e o Osvaldo. Quase todos moravam perto da minha casa, menos o Osvaldo, ele morava um pouco mais longe de nós. A brincadeira começava pela manhã e se estendia até a noite.
            Nossas brincadeiras preferidas era jogar taco e futebol, mas era chato e engraçado ao mesmo tempo, porque tínhamos que tirar as garrafas e as traves improvisadas com pedra ou com nossos chinelos toda a vez que um carro passava. A brincadeira só acabava quando víamos nossos pais vindo do trabalho em nossa direção, lá pelas 8h 45min da noite. Apesar de termos que entrar para tomar banho quando eles chegavam, sabíamos que na manhã seguinte poderíamos nos ver de novo e brincar. Hoje tudo isso ficou para trás.

            Autora: Gabrielly Carvalho Rezende -Turma C22


O roubo da boneca

            Quando era menor a cada um ou dois anos me mudava e sempre na mudança de um lugar para o outro se perdia alguns objetos.
            Quando me mudei para Juiz de Fora (Minas Gerais) no ano de 2008, eu fiquei exatamente um ano lá e me mudei para cá (POA).  Mas antes disso acontecer, no Natal eu havia ganhado a boneca mais linda e completa que reconhecia a voz da dona e cantava. Nunca me separava da tal boneca, até que o dia da mudança chegou e minha mãe me disse que não dava para levar a boneca no avião por ser muito grande e que a boneca teria de ir para o caminhão de mudança.
            A separação foi bem tensa, pois sabia que algo iria dar errado. Bem dito e feito quando a mudança chegou quase tudo o que era novo e de boa qualidade foi roubado, inclusive a minha amada boneca. Na época fiquei muito triste pela perda da boneca, tão triste que minha mãe tentou até comprar outra, mas não era a mesma coisa e foi por isso que me desinteressei por bonecas, um tipo de luto interno que acabei fazendo sem querer...
            Às vezes quando passo por lojas de brinquedos, sem perceber tento encontrar aquela boneca, mas nunca a reencontrei, pois percebi que aquela boneca era única e nunca mais teria outra igual.

Autora: Isadora Monte Blanco - Turma C22

Minha Bicicleta

        Eu ganhei uma bicicleta de aniversário, e no outro dia eu fui à pracinha e desci a lomba que tem perto da minha casa. Quando desci a lomba de bicicleta o freio não pegou porque eu estava andando muito forte. Eu acabei ficando desesperada.
         E na esquina da lomba tem um bar. E o dono do bar tentou assegurar a bicicleta, mas não conseguiu e ele e acabou me empurrando para calçada, em cima da grama. Eu tinha ficado toda machucada, mas ainda bem que o dono do bar tinha me empurrado, porque senão eu ia para a faixa da rua e poderia até morrer.

        Autora: Juliana Muraro – Turma C22

                                                           Minha Lembrança

            Eu me lembro de quando eu era menorzinha, tinha uns10 anos de idade, e eu e meus vizinhos nos acordávamos todos os sábados às 7h da manhã para jogar futebol em um pátio que tem ao lado da minha casa.
            Gabriel, Erica, Douglas, Anê, Rita e eu formávamos dois times de três e jogávamos da 8h às 12h, quando nossos pais nos chamavam para almoçar. A gente almoçava, deixava a comida baixar e voltávamos a brincar.
            Nós seis paramos de brincar por acaso. Eu e o Douglas éramos os mais velhos da turminha e nós paramos de brincar com a Anê, Gabriel, Erica e a Rita porque começamos a vê-los como criancinhas e a achar que fazer aquilo era coisa de criança. Então nos afastamos e paramos de brincar com eles.

Autora: Kate Helen dos Santos Martins - Turma C22


Desenhos favoritos

Eu me lembro de pouca coisa da minha infância, mas os desenhos que eu gostava e ainda gosto é “Os Cavaleiros do Zodíaco” e “Naruto”.
Eu via “Os Cavaleiro do Zodíaco” e o “Naruto” com meu pai. Ele comprava os DVDs  para a gente olhar e passava na TV. Isso era e é muito legal.
Os meus personagens favoritos dos “Cavaleiros do zodíaco” são o Seiya e o Hyoga. E o meu personagem favoritos do “Naruto” são o Naruto e o Sasuke. Eu ainda assisto esses desenhos na TV ou no computador.

            Autor: Kevyn Gadriel Soares dos Santos – Turma C22

O fim da TV Globinho
            Quando eu era menor, eu me acordava todos os dias às dez horas para olhar TV Globinho, era um vício todo o santo dia. Quando eu entrei pro colégio foi como se o mundo fosse desabar. Eu não conseguia ver mais, às vezes eu fingia que estava doente para ficar em casa para olhar meus desenhos favoritos. Mas depois de um tempo eu me acostumei, se bem que naquela época as quintas eu largava mais cedo, e nessa sagrada   quinta-feira eu conseguia olhar meus desenhos.
            Mas até que um dia tudo isso acabou, quando começaram transmitir “Encontro com Fátima Bernardes”. Isso foi uma coisa muito chato, porque acabou com a diversão das crianças de acordarem e irem direto assistir TV Globinho. E agora nós podemos ver crianças traficando ou vendendo drogas. Pra mim isso é falta de TV Globinho.

            Autor: Luan Machado Aguiar -  Turma C22


O corte de cabelo

            Eu me lembrei de quando eu tinha mais ou menos uns cinco anos de idade, eu tinha cortado um pedaço do meu cabelo escondido que era para ficar parecido com uma franja mais não ficou.                            
Quando a minha mãe viu depois de alguns dias, ela me xingou porque não era para eu te cortado o meu cabelo. E também falei que não era para eu cortar mais o meu cabelo escondido. Eu me lembrei disso.        
                                                                                             
Autora: Nathália Portes – Turma C22    

                                                           Traumas de infância

Eu lembro que quando eu eras mais nova, de manhã bem cedo começava TV Globinho na Globo e eu pegava preparava algo para comer e sentava no sofá da sala, me tapava e olhava desenhos.
Mas a TV Globinho acabou de passar na TV e começou um outro programa e eu fiquei bem triste porque os desenhos que davam na TV Globinho eram os que eu mais gostava.
            E também o que eu vou lembrar às vezes é o dia que eu caí porque foi o dia mais horrível. Eu ia sair com a minha mãe e quando nós duas estávamos indo eu tropecei em uma pedra e caí com os cotovelos no chão e fiquei bastante triste, porque depois que curou ficou uma cicatriz horrível.

            Autora: Suellen  Menezes – Turma C22
                                                                                                                                                                            

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