A turma C22 leu o conto "A bruxa e o vendedor de doces" que faz parte do livro "A rua dos secretos amores", da escritora Jane Tutikian. Após lerem, conversarem e se emocionarem com o conto eles escreveram sobre alguma situação que viveram na infância e que um dia cresceram e esqueceram.
Eu
lembro
Eu me lembro do meu primeiro dia das crianças. Eu ganhei uma sereia com o cabelo branco, a cauda era bege e o biquíni era roxo. Eu adorava ela e mesmo tendo muitos brinquedos eu gostava dela.
Eu também me
lembro do dia que minha mãe disse: "Me dê o seu bico para eu jogar fora,
daí eu te darei uma bicicleta azul como você queria". Eu adorava colocar
vestidos e enfeites no cabelo, eu me achava uma linda princesa e gostava de
abraçar e dormir com meu ursinho, o Pepe.
Agora eu sei o
que os adultos sentem quando dizem que queriam ser criança de novo. A infância
é a melhor coisa para todos. Por enquanto eu sou adolescente e imagino que
quando eu for adulta vou ser mais responsável por mim mesma. Isso sim eu
lembro: de ser uma menina braba, mas feliz.
Autora:
Alessandra da Silva Mendes - Turma C22
O
PACTO
Uma
coisa que eu nunca vou esquecer foi uma vez que eu e minhas colegas, a Isa e a
Maira, fizemos um pacto de amizade.
Nós
atiramos uma pedra pequena e roxa que eu tinha comprado no Guaíba e juramos que
íamos ser melhores amigas para sempre. E funcionou porque até hoje somos
amigas, temos uma linda amizade sem fofoca e algumas brigas.
Mas
se um dia nós nos separarmos e cada uma de nós ir para um lado, eu sempre vou
levar elas no meu coração.
Autora:
Emily Avila – Turma C22
Sem
título
Quando eu era
menor eu saía todos os dias para rua para brincar de pega-pega e
esconde-esconde com os meus amigos. Um dia eu parei de sair para brincar na rua
e comecei a brincar em casa. Todos os amigos que brincavam comigo se mudaram,
só ficou eu na mesma rua, perdi contato, nunca mais vi eles desde então. E
depois disso minha irmãzinha nasceu e então passei a brincar com ela.
Eu
gostava muito de brincar com eles, eu me divertia, corria bastante, caía
bastante. Minha infância foi muito legal, eu fazia de tudo, mas aí eu cresci e
tudo ficou diferente.
Autora:
Gabriela Andrade - Turma C22
Dias
de verão
Dias
de verão, quando os dias são mais longos e eu adorava brincar na frente de casa
com os meus amigos. Nós gostávamos de brincar de taco, pega-pega,
esconde-esconde, futebol, vôlei, entre outras brincadeiras que na hora surgiam.
Era a mais pura diversão.
Meus
melhores amigos eram o Willian, a Nathalia, a Nicole, o Álvaro e o Osvaldo.
Quase todos moravam perto da minha casa, menos o Osvaldo, ele morava um pouco
mais longe de nós. A brincadeira começava pela manhã e se estendia até a noite.
Nossas
brincadeiras preferidas era jogar taco e futebol, mas era chato e engraçado ao
mesmo tempo, porque tínhamos que tirar as garrafas e as traves improvisadas com
pedra ou com nossos chinelos toda a vez que um carro passava. A brincadeira só
acabava quando víamos nossos pais vindo do trabalho em nossa direção, lá pelas
8h 45min da noite. Apesar de termos que entrar para tomar banho quando eles
chegavam, sabíamos que na manhã seguinte poderíamos nos ver de novo e brincar.
Hoje tudo isso ficou para trás.
Autora:
Gabrielly Carvalho Rezende -Turma C22
O
roubo da boneca
Quando
era menor a cada um ou dois anos me mudava e sempre na mudança de um lugar para
o outro se perdia alguns objetos.
Quando
me mudei para Juiz de Fora (Minas Gerais) no ano de 2008, eu fiquei exatamente
um ano lá e me mudei para cá (POA). Mas
antes disso acontecer, no Natal eu havia ganhado a boneca mais linda e completa
que reconhecia a voz da dona e cantava. Nunca me separava da tal boneca, até
que o dia da mudança chegou e minha mãe me disse que não dava para levar a
boneca no avião por ser muito grande e que a boneca teria de ir para o caminhão
de mudança.
A
separação foi bem tensa, pois sabia que algo iria dar errado. Bem dito e feito
quando a mudança chegou quase tudo o que era novo e de boa qualidade foi
roubado, inclusive a minha amada boneca. Na época fiquei muito triste pela
perda da boneca, tão triste que minha mãe tentou até comprar outra, mas não era
a mesma coisa e foi por isso que me desinteressei por bonecas, um tipo de luto
interno que acabei fazendo sem querer...
Às
vezes quando passo por lojas de brinquedos, sem perceber tento encontrar aquela
boneca, mas nunca a reencontrei, pois percebi que aquela boneca era única e
nunca mais teria outra igual.
Autora: Isadora Monte Blanco - Turma C22
Minha
Bicicleta
Eu ganhei uma bicicleta de
aniversário, e no outro dia eu fui à pracinha e desci a lomba que tem perto da
minha casa. Quando desci a lomba de bicicleta o freio não pegou porque eu
estava andando muito forte. Eu acabei ficando desesperada.
E
na esquina da lomba tem um bar. E o dono do bar tentou assegurar a bicicleta,
mas não conseguiu e ele e acabou me empurrando para calçada, em cima da grama.
Eu tinha ficado toda machucada, mas ainda bem que o dono do bar tinha me
empurrado, porque senão eu ia para a faixa da rua e poderia até morrer.
Autora: Juliana
Muraro – Turma C22
Minha
Lembrança
Eu me
lembro de quando eu era menorzinha, tinha uns10 anos de idade, e eu e meus
vizinhos nos acordávamos todos os sábados às 7h da manhã para jogar futebol em
um pátio que tem ao lado da minha casa.
Gabriel,
Erica, Douglas, Anê, Rita e eu formávamos dois times de três e jogávamos da 8h às 12h, quando nossos pais nos chamavam para almoçar. A gente almoçava, deixava
a comida baixar e voltávamos a brincar.
Nós
seis paramos de brincar por acaso. Eu e o Douglas éramos os mais velhos da
turminha e nós paramos de brincar com a Anê, Gabriel, Erica e a Rita porque
começamos a vê-los como criancinhas e a achar que fazer aquilo era coisa de criança.
Então nos afastamos e paramos de brincar com eles.
Autora: Kate
Helen dos Santos Martins - Turma C22
Desenhos
favoritos
Eu me lembro
de pouca coisa da minha infância, mas os desenhos que eu gostava e ainda gosto
é “Os Cavaleiros do Zodíaco” e “Naruto”.
Eu via “Os
Cavaleiro do Zodíaco” e o “Naruto” com meu pai. Ele comprava os DVDs para a gente olhar e passava na TV. Isso era
e é muito legal.
Os meus
personagens favoritos dos “Cavaleiros do zodíaco” são o Seiya e o Hyoga. E o
meu personagem favoritos do “Naruto” são o Naruto e o Sasuke. Eu ainda assisto
esses desenhos na TV ou no computador.
Autor:
Kevyn Gadriel Soares dos Santos – Turma C22
O fim da TV Globinho
Quando
eu era menor, eu me acordava todos os dias às dez horas para olhar TV Globinho,
era um vício todo o santo dia. Quando eu entrei pro colégio foi como se o mundo
fosse desabar. Eu não conseguia ver mais, às vezes eu fingia que estava doente
para ficar em casa para olhar meus desenhos favoritos. Mas depois de um tempo
eu me acostumei, se bem que naquela época as quintas eu largava mais cedo, e
nessa sagrada quinta-feira eu conseguia
olhar meus desenhos.
Mas
até que um dia tudo isso acabou, quando começaram transmitir “Encontro com
Fátima Bernardes”. Isso foi uma coisa muito chato, porque acabou com a diversão
das crianças de acordarem e irem direto assistir TV Globinho. E agora nós
podemos ver crianças traficando ou vendendo drogas. Pra mim isso é falta de TV
Globinho.
Autor:
Luan Machado Aguiar - Turma C22
O
corte de cabelo
Eu me
lembrei de quando eu tinha mais ou menos uns cinco anos de idade, eu tinha
cortado um pedaço do meu cabelo escondido que era para ficar parecido com uma
franja mais não ficou.
Quando a minha
mãe viu depois de alguns dias, ela me xingou porque não era para eu te cortado
o meu cabelo. E
também falei que não era para eu cortar mais o meu cabelo escondido. Eu me
lembrei disso.
Autora:
Nathália Portes – Turma C22
Traumas de infância
Eu lembro que
quando eu eras mais nova, de manhã bem cedo começava TV Globinho na Globo e eu
pegava preparava algo para comer e sentava no sofá da sala, me tapava e olhava
desenhos.
Mas a TV
Globinho acabou de passar na TV e começou um outro programa e eu fiquei bem
triste porque os desenhos que davam na TV Globinho eram os que eu mais gostava.
E também o que eu vou lembrar às
vezes é o dia que eu caí porque foi o dia mais horrível. Eu ia sair com a minha
mãe e quando nós duas estávamos indo eu tropecei em uma pedra e caí com os
cotovelos no chão e fiquei bastante triste, porque depois que curou ficou uma
cicatriz horrível.
Autora:
Suellen Menezes – Turma C22
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