quinta-feira, 21 de março de 2013

Fato que marcou o ano de 2012 e A primeira vez que eu vi o mar

      Em uma de nossas primeiras atividades de produção escrita de 2013 os alunos das turmas C21, C22 e C23 foram provocados a escrever relatos narrativos com temáticas ligadas a sua experiência pessoal.        
      Dois foram os temas sugeridos: Um fato que marcou minha vida no ano de 2012 e A primeira vez que eu vi o mar. O segundo tema está relacionado à leitura e discussão de um texto curto, mas extremamente rico no essencial sentimento de cumplicidade que deve mediar a relação entre pais e filhos nas descobertas que as crianças fazem do mundo,  de autoria  do escritor uruguaio Eduardo Galeano e que faz parte do seu livro intitulado O livro dos abraços. Conheça (ou relembre) a seguir este texto, ilustrado Pelo aluno Nícolas Lima, da turma C22: 



Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o mar. Viajaram para o Sul. Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando.
     Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto fulgor, que o menino ficou mudo de beleza. E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai:

       - Me ajuda a olhar!

Eduardo Galeano – O Livro dos Abraços

Abaixo, ilustração de Nicolas Alves Lima para o texto lido:

 

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Um fato que marcou minha vida em 2012


     No ano passado eu comecei as aulas estudado aqui nesse colégio, na turma C21. Fiquei na escola até abril. Mas antes da Páscoa briguei com minha mãe e tive que ir morar com meu pai. Fui para o Colégio Costa Silva, não conhecia ninguém lá. Quando cheguei lá, pedi para o monitor me levar até a sala e ele me levou até lá . Chegando lá eu entrei e a professora perguntou qual era o meu nome, quantos anos eu tinha, de qual colégio eu era e também pediu para ver o meu caderno.
    No começo da aula eu fiquei nervosa e envergonhada, mas tinha umas gurias bem legais que me convidaram para sentar ao lado delas e nós conversávamos bastante. No recreio eu fiquei com ela e nos outros dias também. Só que depois de um tempo eu comecei a conversar com a Ganka e a Paula, e eu vi que elas eram muito mais legais do que as outras garotas e então comecei a andar com elas. E elas viraram minhas melhores amigas e nós contávamos tudo umas para as outras.
     Agora eu voltei a estudar aqui no Marcírio e elas continuaram a estudar lá no Costa e Silva. Até agora nós nos falamos pelo Facebook ou nós nos encontramos. Então no ano de 2012 eu ganhei duas melhores amigas.






     Autora: Giovana da Cunha – Turma C23

 
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O mar e sua beleza

     A primeira vez que eu fui ver o mar eu era bem pequena, tinha uns oito anos de idade e não me lembro de muitas coisas.
     Na viagem até a praia, meus tios me contaram um pouco sobre o mar. Eles diziam que era lindo e grande, mas mesmo assim eu o imaginava pequeno.
    Quando chegamos lá, eu estava extremamente ansiosa, até com um pouco de falta de ar. Quando chegamos na praia, eu tirei meus calçados e pisei na areia molhada e áspera debaixo dos meus pés. E então eu vi o mar. Era inexplicavelmente lindo! Era tão grande que se perdia no horizonte. Então fomos caminhando para o mar e, quando eu entrei, senti medo e muito frio. A água era gelada, mas eu fui me acostumando.
    Teve uma hora que eu me abaixei e cortei minha mão com uma concha. Doeu muito e ardia por causa da água salgada. Mas depois disso eu fiz um curativo e ficou tudo bem e eu fui para casa maravilhada com o mar.


    Autora: Mariana Vaz – Turma C21
 
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A primeira vez que eu vi o mar

     A primeira vez que eu vi o mar foi quando eu fui à praia pela primeira vez, só que eu tinha cinco anos, por isso não me lembro muito bem, só me lembro bem quando tinha onze anos.
     Sei que o mar é muito lindo, porque não fui no mar só quando tinha cinco anos. Fui na praia e vi o mar nas férias, há pouco tempo. O mar é bem legal, pois dá para tomar banho. Perto do mar, na praia, também tem sorvetes para vender. Eu gosto muito de sorvete, no verão é muito quente e o sorvete é gostoso e refrescante.
    O mar tem muitos peixes, vários tipos e espécies. Nele, lá para o fundo, tem as comidas para os peixes, algas marinhas, etc. Tem pessoas que soltam lixo no mar e isso é muito chato.


Autor: Andrew dos Santos Garcia – Turma C23















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quarta-feira, 20 de março de 2013

Revista Marcírio 25 anos



Revista Marcírio: Uma revista produzida em comemoração aos 25 anos da escola
 
       Para conhecer o processo de produção desta publicação comemorativa, leia o makin of  que constitui a última seção da revista.
 
ALGUNS DOS MUITOS PASSOS QUE FIZERAM PARTE DA REALIZAÇÃO DESTA REVISTA

Neste ano de 2012, quando nossa escola completa seus 25 anos, pensamos que algo novo deveria fazer parte desta comemoração. Do Jornal com Bah!, que já existia na escola há 10 anos, nasceu, por sugestão da professora Cláudia Uchôa, a ideia de uma revista temática em homenagem  a este marcante aniversário do Marcírio. Muitos foram os passos dados para que nossa caminhada  resultasse nessa revista que você, leitor, tem em mãos.
                Nossa primeira tarefa foi consultar as turmas envolvidas, C21, C22 e C23, sobre a mudança do tipo de publicação (de jornal para revista) e da intenção de homenagearmos a escola nos seus 25 anos.  A partir da adesão das turmas, fomos para a listagem dos assuntos que os alunos gostariam que fizessem parte da revista que registraria a história da escola durante o ano de 2012. Essa consulta resultou em uma lista de aproximadamente 40 temas que foram agrupados em 18 seções.
                Por estar o tema da revista relacionado ao conceito de memória, em maio foi oportunizada às turmas  uma visita de estudos ao Arquivo Histórico Moysés Vellinho, uma das instituições responsáveis pela preservação da memória de nossa cidade.  Com essa visita os alunos adquiriram maior clareza sobre a importância do registro e do cuidado com tudo que nos constitui seres que não só pertencem, mas que fazem  a história dos  lugares que ocupam. 
               De abril a setembro, nós professoras envolvidas, tivemos reuniões semanais destinadas a ajustes da pauta, exame de diferentes revistas para definição do formato da publicação, estudos teóricos sobre projeto gráfico, diagramação e produção da revista, planejamento do registro fotográfico, levantamento de orçamento para impressão, discussão e concepção do layout das páginas e montagem do boneco.
                Os meses de julho e de agosto foram destinados à coleta de informações para a escrita dos textos. Também fizeram parte desta etapa o trabalho de reescrita e de digitação dos textos.  Os textos digitados passaram por nova revisão e  foram organizados em arquivos devidamente identificados para serem encaminhados à editoração. Entre setembro e novembro foi realizada a maior parte do registro fotográfico e da seleção das imagens que fariam parte da revista. Também nesses meses tivemos o desenvolvimento do cuidadoso  trabalho de editoração realizado pela professora Cláudia.  Ainda em novembro tivemos a finalização da editoração, a revisão final e a impressão. A entrega do trabalho pronto, em forma de revista, ao público leitor.
               
              Ainda em novembro tivemos a finalização da editoração, a revisão final, a impressão e a entrega do trabalho pronto, em forma de revista, ao público leitor foi feita na primeira semana de dezembro.

                           Professoras Claudia Uchôa e Jane Mari de Souza

                Estas são a capa e a contracapa da revista:


 






















terça-feira, 19 de março de 2013

Jornal com Bah!




     Jornal com Bah!: uma publicação que fez história em nossa escola!

      O Jornal com Bah! foi uma publicação que nasceu do desejo de alunos de terem um jornal em nossa escola. Um jornal que tratasse do cotidiano  escolar e que registrasse um pouco das vivências dos alunos, professores, funcionários e pais que constituem o Marcírio.  
      De 2001 a 2011 pelas páginas do Bah! passaram falas, fotos, conhecimento, alegrias, descobertas,  tudo isso transformado em textos escritos pelas vinte e uma turmas que fizeram parte da sua história durante os dez anos de sua existência.
      Este projeto foi coordenado durante esses dez anos  pelas professora Débora Conforto e Jane de Souza, uma feliz parceria que uniu a Língua Portuguesa à Informática Educativa e que rendeu vinte números de um jornal repleto de histórias vividas e documentadas via produção escrita das turmas envolvidas.
      Conheça a seguir uma síntese do projeto desenvolvido entre 2001 e 2011.



 I.            DADOS DE IDENTIFICAÇÃO



  • Título do projeto: Jornal com Bah!, abrindo espaço para contrapor:  sucesso individual x promoção coletiva  e tempo/espaço do território-disciplinar x tempo/espaço das possibilidades.
  • Instituição: Escola de Ensino Fundamental Deputado Marcírio Goulart Loureiro
  • Sujeitos envolvidos: Alunos do III Ciclo (turmas de segundo ou terceiro ano)
  • Equipe responsável: Débora Conforto e Jane Mari de Souza.

  • Período de execução: 2001 – 2011


II – JUSTIFICATIVA


            A existência do Jornal com Bah! justifica-se por ser um projeto que desenvolve nas turmas envolvidas as habilidades de leitura e de escrita com autoria,  vinculadas  à interface das Tecnologias de Informação e de Comunicação.

            Este projeto foi o pioneiro em nossa escola em associar a temática Letramento à interface das Tecnologias de Informação e de Comunicação. O projeto iniciado em 2001, nasceu do interesse dos alunos em produzirem uma publicação periódica que tratasse dos temas associados à vida de nossa comunidade escolar e foi incentivado e implementado pelas professoras coordenadoras do projeto por perceberem nele a possibilidade de uma construção mais efetiva de alunos leitores e alunos autores.



III – OBJETIVOS

Objetivo geral:

  • Impulsionar o processo de letramento por meio da leitura e da produção de textos de cunho jornalístico, associado às Tecnologias de Informação e de Comunicação, em alunos do III Ciclo do Ensino Fundamental.

Objetivos específicos:

  • Incentivar, por meio de uma publicação periódica, o interesse pelas práticas de leitura e de escrita.
  • Garantir uma interlocução verdadeira, ou seja, leitores reais (professores, colegas, familiares, vizinhos...) para os textos dos alunos através da publicação do jornal que circula na escola e na comunidade.
  • Produzir matérias e notícias a serem publicadas no jornal utilizando os recursos proporcionados pela interface das tecnologias educacionais.
  • Desenvolver nos alunos as práticas de escrita e de reescrita de seus textos no intuito de torná-los publicáveis e passíveis de serem lidos por nossa comunidade escolar e por todos os demais leitores que tiverem.
  • Promover e valorizar práticas coletivas e éticas de trabalho entre as diferentes turmas que integram o projeto, implementando estratégias de construção de identidades individuais e coletivas que minimizem o processo de segregação que muitas vezes ocorre entre diferentes turmas dentro de uma escola.
  • Registrar a História e as histórias dos quatro segmentos que compõem nossa escola (alunos, professores, funcionários e pais) e que fazem a vida diária do Marcírio.
  • Incentivar o gosto pela leitura e a possível formação de leitores na comunidade onde está inserida a escola, através da distribuição do jornal para todas as famílias de nossos alunos.


IV – METODOLOGIA

O Jornal com Bah!, que envolve produção e a publicação de textos  pelas turmas autoras responsáveis pelo projeto, passa por uma sequência de etapas para chegar ao seu produto final:



1  Constituição da pauta (os temas para o jornal são sugeridos pelos alunos responsáveis e por sugestões advindas da escola como um todo) 

2.  Formação dos grupos de trabalho e distribuição dos temas.

3.    Planejamento do modo como se dará a coleta de informações para viabilizar a matéria a ser escrita (entrevista, observações, pesquisa...)

4.    Planejamento das fotografias e ilustrações que farão parte da matéria.

5.    Realização de entrevistas, observações ou pesquisas.

6.    Escrita e reescrita dos textos.

7.    Digitação dos textos, editoração e criação dos arquivos.

8.    Montagem do boneco.

9.    Diagramação.

10.  Revisão final.

11.   Envio para impressão 

12.   Distribuição do jornal na escola 



         Para conhecer os jornais produzidos entre 2001 e 2011, acesse os links abaixo:

Clique aqui para ler o número 1.

Clique aqui para ler o número 2.


Clique aqui para ler o número 3.

Clique aqui para ler o número 4.

Clique aqui para ler o número 5.

Clique aqui para ler o número 6.

Clique aqui para ler o número 7.

Clique aqui para ler o número 8.

Clique aqui para ler o número 9

Clique aqui para ler o número 10.

Clique aqui para ler o número 11.

Clique aqui para ler o número 12.

Clique aqui para ler o número 13.

Clique aqui para ler o número 14.

Clique aqui para ler o número 15.

Clique aqui para ler o número 16.

Clique aqui para ler o número 17.

Clique aqui para ler o número 18.

Clique aqui para ler o número 19.

Clique aqui para ler o número 20.



segunda-feira, 18 de março de 2013

Livro Marcírio: Sinônimo de Memórias

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     O livro Marcírio: sinônimo de memórias foi escrito em 1999 pela mesma turma que em 1997 participou da escrita do livro Mapas da Cidade: Autoria, Identidade e Cidadania. Os textos que compõem essa publicação da turma que cursava a oitava série formam uma ciranda de textos que, abraçando a todos os participantes e suas lembranças, dá forma à memória, conceito que nos levou à produção deste trabalho. A seguir, apresentamos a capa e contracapa do livro, cujo desenho também é de autoria da aluna Carla Siste.






         Conheça alguns textos do livro:


         O texto que segue foi uma produção coletiva da turma. Eles analisaram os textos que formam o primeiro capítulo do livro: os fatos que marcaram nossa vida escolar. Após a leitura dos textos, os alunos divididos em grupos discutiram as temáticas escolhidas pela turma e anotaram suas explicações para cada temática. Num terceiro momento, os grupos leram suas conclusões e coletivamente montaram o texto no quadro


2.    Analisando os fatos que marcaram nossa vida escolar
 
Texto coletivo produzido pela turma 81 

      O texto que vocês vão ler agora trata de uma análise dos fatos que marcaram a vida escolar de cada um de nós alunos da turma 81. Entre os fatos mais escolhidos que iremos analisar estão: a amizade escolar em primeiro lugar,  em segundo lugar ficaram empatados os temas nosso livro e torneios na escola, em terceiro lugar ficou o tema desentendimento professor-aluno e em quarto lugar a morte de um colega de aula. Entre os menos escolhidos ficaram os fatos recuperação terapêutica, passeios, correspondência interescolar, primeiro dia de aula, repetência, desrespeito com colega, liderança, primeira namorada e uma professora que marcou.
     O fato amizade na escola foi o fato mais escolhido: dos trinta alunos que escreveram os textos, sete escreveram sobre amizade. Quase todas as pessoas que nós conhecemos têm várias amizades, umas melhores, outras nem tanto, mas as melhores mesmo a gente nunca esquece. São poucas as pessoas que dão valor a uma amizade verdadeira, pois amizade de verdade é difícil de construir e, dependendo da amizade, é fácil destruir. Um exemplo de amizade é nossa turma. Em meio a algumas turbulências, geralmente resolvidas, ela sempre permaneceu unida. Para nós não existe um exemplo de amizade que marcou tão verdadeiramente como o da nossa turma. Sabemos que é sempre bom ter uma amiga ou um amigo ao lado para podermos contar nossos segredos, para desabafar e ter um ombro amigo para chorar. Como diz a música do Milton Nascimento, Amigo é coisa pra se guardar no lado esquerdo do peito...
     Cinco dos trinta alunos da turma 81 escreveram sobre torneios na escola. Os torneios marcam muito na vida dos estudantes, porque jogar um torneio de futebol é diferente de estudar. Nos torneios você fala alto, xinga e se solta. Além disso, o esporte ajuda o desenvolvimento do corpo, o desenvolvimento mental e psicológico. Há também alunos que quando entram para a escola ficam na expectativa de jogar em torneio e assim mostrar toda a sua habilidade. Esse tipo de fato marca muito porque, independente de você ganhar ou perder, você fala sobre o torneio o ano inteiro. Achamos também que se fosse um torneio de vôlei não marcaria tanto, o negócio é futebol.
      Um dos fatos que mais marcou as nossas vidas foi a escrita do nosso livro Mapas da Cidade. Dos trinta alunos da turma, cinco escolheram escrever sobre o livro. O nosso livro marcou muito os alunos da turma 81, porque foi uma experiência nova para todos os alunos que o fizeram. Os alunos que escreveram se sentiram orgulhosos com um trabalho diferente feito por eles próprios. Esse livro que começamos a escrever em 1997 hoje é um grande orgulho para a turma 81.
     Três dos 30 alunos da turma 81 decidiram escrever sobre o desentendimento entre eles e alguns professores. Mas por que escrever sobre isso? O desentendimento geralmente acontece porque o aluno não gosta do professor, talvez porque o professor tenha dado uma nota baixa ou então porque ele pega no pé do aluno por causa do seu desinteresse pela matéria ou por pura birra. Essas discussões marcam a vida escolar. Quando as discussões acontecem, o aluno e o professor começam a se xingar e então o aluno se isola do professor e vice-versa. O aluno começa a ter dificuldades para aprender. Às vezes o professor nota que o aluno não está tendo bom desempenho na sua matéria. Se o professor nota que o aluno não vai bem, vai falar com o aluno. Quando o professor e o aluno conversam, geralmente fazem as pazes. Mas se o professor não quer saber de tentar conversar com o aluno (porque o aluno não toma a iniciativa de conversar com professor), o aluno começa a ir mal na matéria e corre o risco de ser reprovado.
      O quarto fato mais escolhido pela turma foi a morte de um colega chamado Carlos Alexandre. Ele era da turma 33, era um menino muito agitado, que chocou a muitos, pois teve uma morte trágica. Ele foi passar as férias num local onde tinha uma cachoeira. Então ele foi tomar banho e bateu com a cabeça numa pedra. Por que será que isso chocou tanto os alunos? Certamente porque seus colegas adquiriram uma forte afeição por ele e, mesmo ele tendo um temperamento forte, agitado, muitos ficaram sentindo saudades de suas brigas, de suas implicâncias e de suas discussões. Além disso, a morte de crianças em fase escolar não é tão comum assim. Esse foi outro aspecto que influenciou com muito impacto a vida de seus colegas de aula e, com certeza, continua fazendo parte da memória escolar de alguns.
      Depois de tudo isso, nós podemos concluir que os textos sobre os fatos mais marcantes do nosso Primeiro Grau não foram escritos somente para serem escritos, sem finalidade, mas sim para demonstrar a liberdade que temos de expressar para nossos leitores as nossas emoções.
  

terça-feira, 5 de março de 2013

Histórico documentado do projeto de publicações de nossa escola


  

Escrevendo para ser lido: um projeto que vem sendo desenvolvido em nossa escola desde 1997




            Iniciado em 1997 com Mapas da Cidade: autoria, identidade e cidadania, um livro idealizado e escrito por alunos de uma turma de sexta série da EMEF Dep. Marcírio Goulart Loureiro (Partenon, Zona Leste de Porto Alegre) e por duas turmas também de sexta série da  EMEF Professor Gilberto Jorge Gonçalves da Silva (Morro Alto, Zona Sul de Porto Alegre), envolvendo ao todo 72 alunos,  o projeto de formação de alunos autores em nossa escola teve continuidade com publicações em diversos formatos: livro manuscrito, livro impresso, jornal, revista...

Conheça abaixo um pouco deste livro escrito durante o ano de 1997 por alunos de sexta série de duas escolas municipais de Porto Alegre e lançado em abril de1999 pela Editora Vozes, durante o VII Seminário Nacional da Escola Cidadã:


Capa lado Marcírio
Capa lado Gilberto Jorge








 Abaixo acesse o projeto (1997) que deu origem a este livro:




Acesse também a história do livro Mapas da Cidade: autoria, identidade e cidadania, tema  de relato de experiência pedagógica da Semana de Letras da UFRGS, em novembro de 1999.

História do livro Mapas da Cidade escrita pelas professoras Ana e Jane



Conheça uma pequena parte do conteúdo do livro Mapas da Cidade: autoria, identidade e cidadania (capítulos 7, 8 e 9 da parte escrita pelos alunos do Marcírio):


                                     Capítulo 7


O que nós aprendemos sobre nós lendo os textos que escrevemos

     Vamos iniciar os nossos comentários sobre os textos lidos na sala alternativa, na manhã do dia 15 de setembro de 1997.
   Descobrimos sobre cada um de nós, que cada um tem alguma coisa importante para contar. Foi interessante escrever os textos, porque a gente contou sobre nossas vidas, coisas que ficaram marcadas para sempre na lembrança até os dias de hoje e que também serão lembradas no futuro, através do livro que estamos escrevendo.
    Nós achamos que de parecido a gente tem o respeito um pelo outro e somos esforçados, mesmo tendo dificuldades nas matérias.
 Pensamos que o que a gente tem de diferente é a aparência e a família, pois de sentimentos somos todos iguais.
            Valeu, turma 61!

                                   (Samanta Marques Bones e Daniela Camargo)


Lado Marcírio - Samanta

            Nós descobrimos enquanto escrevíamos, em todo esse tempo, mais ou menos uns 4 meses de trabalho, que nós realmente somos capazes de construirmos um livro. Nós achamos interessante porque nós começamos com umas histórias tão mixurucas e agora estão superinteressantes.
            Nós descobrimos um pouquinho mais de cada um de nós com nossas histórias. Foi superinteressante porque nós ficamos conhecendo um pouco de nossas famílias, de nossos amigos, de nossas artes, enfim, de tudo o que a gente poderia ficar sabendo de uma pessoa sincera, compreensiva, legal e educada.
            Nós temos de parecido o time de futebol, a inteligência e o jeito de pensar. De diferente nós temos: uma dança, a outra já não gosta tanto; uma joga vôlei, já outra futebol; uma gosta de brincar bastante, a outra já é mais quieta. Enfim, todo mundo tem alguma coisa de diferente, ninguém é igual.

                                   (Glacy da Silva, Maiara Ramos e Liege da Silva)


Turma 61 subindo o Morro da Polícia - Primavera 1997